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domingo, 20 de janeiro de 2013

Notícias - Estudo de barragem gera ‘Batalha 2’


A Divisão de Produção do Departamento de Água e Esgoto (DAE) iniciou discussão junto ao prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) de construção de barragem para formar uma Lagoa de Reservação Natural de água no rio Batalha com capacidade muito acima da produção atual do sistema ETA, de 1 milhão de metros cúbicos de água por mês e que atende 38% dos consumidores de Bauru.

A instalação de uma barragem no rio Batalha, aproximadamente dois quilômetros abaixo da atual lagoa de captação, nasceu do estudo da calha do rio a partir da cabeceira, na Serra da Jacutinga, em Agudos. Exatamente na ponte da estrada velha que liga Bauru a Piratininga, paralela à ruina do antigo aterro próximo à ferrovia que no passado servia de ligação entre as duas cidades, a calha do rio acabou formando um grande fundo de vale.

Neste ponto da calha do rio, o aproveitamento do aterro ferroviário em uma extensão de pelo menos 500 metros, com cerca de 60 metros de altura, criaria as condições apropriadas para o represamento do Batalha. Ali, o represamento associado à longa extensão de uma “bacia” natural permitiriam a formação de uma Lagoa de Reservação Natural.

A discussão está sobre a mesa do diretor de Divisão de Produção do DAE, Igor Fournier. “É preciso eliminar alguns mitos e um deles que está sob avaliação é a de que a captação de água de superfície hoje estaria esgotada no rio Batalha. O levantamento mostra o contrário. Em dois pontos, a água em abundância demonstra capacidade muito superior de abastecimento que o Água Parada, cujo manancial é importante, mas para um projeto futuro”, avalia.

Ao iniciar o mapeamento das condições do rio Batalha a partir da cabeceira, Igor Fournier iniciou discussão sobre a necessidade de represar a água.

“As chuvas na cabeceira formam um volume enorme de água que hoje percorre o leito sem ser aproveitada. A calha também recebe contribuição de água de outras partes do relevo da região naquele ponto. E o aterro está linear cortando o rio em um ponto que forma um grande vale. Discutido a necessidade de fazer estudo para construção de barragem, com controle de vazão para ir liberando a água de acordo com a necessidade”, cita.

O presidente do DAE, Giasone Candia, por telefone, de São Paulo, garantiu apoio aos estudos.


Expedição

A reportagem do JC convidou o prefeito Rodrigo Agostinho a visitar o local, juntamente com equipe da GP Fotos Aéreas. Primeiro, a identificação do local pela imagem de satélite disponível no Google Maps indica facilmente a estrada velha Bauru-Piratininga. Saindo da avenida Comendador Martha na altura do condomínio Shangrilá em direção a Piratininga, o trecho de terra de solo claro, arenoso, aparece com clareza.

Mas a visualização do aterro ferroviário desativado só fica mais clara quando aparece a ponte do Batalha. O percurso, apesar de ser de terra, tem estrada boa. Achou a ponta, achou o aterro, tido como o ponto ideal para represar o rio e transformar a parte a direita, para quem vai no sentido Piratininga, em uma grande lagoa de reservação natural.

Acostumado com matas e expedições naturais, o prefeito percorreu trecho de taboal, entre o banhado e o leito do Batalha, para chegar ao topo do aterro. Em outro ponto, a equipe da GP Fotos acionava o helicóptero com controle remoto para realizar as imagens aéreas.

“A ideia é fazer um estudo para represar o rio Batalha neste ponto, aproveitando o aterro exatamente onde ele está instalado ao cortar o rio. Passava o trem até Piratininga aqui. A estrada pode ser desviada, e onde hoje está a ponte seria inundado. Mas a passagem pode ser feita com a estrada desviada para o aterro, por cima de onde se estuda instalar a barragem”, observa o prefeito.


Lagoa de reservação

Para o diretor do DAE, Igor Fournier, a barragem natural elimina um dos principais pontos de carência do sistema ETA, que atualmente abastece 38% da cidade com a captação de 1 milhão de metros cúbicos por mês para o tratamento no Jardim Ouro Verde. Duas adutoras de 24 polegadas, em uma extensão de 2,5 km, “levam” a água puxada por bombas no leito do Batalha para a ETA.

“Hoje não aproveitamos a água que percorre pelo rio em épocas de grande vazão, como no final do ano. Grandes áreas são alagadas ao longo de seu percurso, sem o aproveitamento natural desse volume de água. A cidade não pode abrir mão de elaborar projeto de construção de uma barragem neste ponto da calha do rio, gerando a Lagoa Natural de Reservação. Hoje o sistema trabalha o tempo todo no pico e quando há algum problema ele para. A falta de reservação precisa ser solucionada”, avalia Fournier.

Fonte: JC

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