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sexta-feira, 8 de março de 2013

Déficit nos cofres públicos atinge cidades do Centro-Oeste Paulista


A maioria dos prefeitos da região Centro-Oeste Paulista assumiu com os cofres quase vazios e agora tenta encontrar uma saída para manter os serviços e pagar os credores. Em Arealva (SP), por exemplo, o prefeito assumiu o cargo com um déficit no caixa de mais de R$ 1 milhão e já teve de tomar atitudes.
"Corte de pessoal, corte em horas extras, corte em cargos comissionados, segurar veículos, alguma coisa assim. Enfim, é administrar com bastante austeridade e bastante economia, mas também não deixando que o serviço público perca, por essência, a sua qualidade", ressalta Paulo Padanosque Pereira.
Como se não bastasse a conta da prefeitura, a Santa Casa também está com problemas financeiros. Tem uma dívida de quase R$ 850 mil por causa da falta de pagamento de impostos, tributos e empréstimos. É por isso que todos os funcionários já foram orientados a manter qualquer tipo de economia para evitar cortes no atendimento.
Quem precisa do hospital está apreensivo. “Foi muita preocupação, não só pra mim, como para todos do bairro também desta redondeza da cidade", afirma a aposentada Florentina Maria de Jesus Prado.
Em Borborema (SP), o atual prefeito encontrou o caixa com apenas R$ 3.500. O motivo da escassez foi comprovado por uma fiscalização do tribunal de contas do estado. Segundo o relatório do TCE havia irregularidades no pagamento de horas extras e da porcentagem por insalubridade. O prefeito Virgílio Amaral Filho cortou tudo. 
A folha de pagamento dos funcionários, que até então, tinha R$ 142 mil em horas extras passou a ter R$ 56 mil. "A gente está fazendo contas em cima de contas. Logicamente, a inflação a gente vai repor na carteira do funcionário e provavelmente até dar mais alguma coisa, mas isso tem que fazer muita conta”, destaca o prefeito.
Outro município da região que vive “tempos de magreza” de recurso é Presidente Alves. Na cidade que tem apenas 4500 habitantes a dívida é de R$ 5 milhões e 700 mil. Para ser ter uma ideia, o montante é oito vezes maior que o valor que o prefeito tem por ano para investir em educação, saúde, infraestrutura, saneamento básico e outras necessidades. É que o orçamento de Presidente Alves é de R$ 700 mil.
As consequências foram tão grandes quanto a dívida: atrasos no pagamento dos funcionários, fornecedores e de prestadores de serviço à prefeitura. "A gente vem cortando. As compras de peças que tinha muito exagerado, a gente cortou enfim, muitas coisas. A minha meta é chegar num corte de até R$ 100 mil mês", afirma o prefeito Valdeir dos Reis. Uma das fontes de receita das pequenas prefeituras é o fundo de participação dos municípios. O primeiro repasse do fundo, este ano, foi feito no início de janeiro.

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